Agora que você já conhece o conceito e a importância dos investimentos de impacto, vamos aprofundar a discussão. Como funciona esse mercado? Quais são os desafios e oportunidades? E como ele se diferencia dos investimentos ESG? Continue lendo para entender melhor esses pontos e explorar exemplos práticos dessa tendência que vem ganhando força.
Consolidação do mercado de investimento de impacto
Ainda pouco difundido no mainstream do mercado financeiro, o investimento de impacto pode gerar insegurança (ou mesmo desconfiança) naqueles pouco familiarizados com o tema. Reticentes com a possibilidade de se aliar lucro e propósito, muitos potenciais investidores se afastam da ideia sem saber que os negócios voltados à resolução de problemas sociais e ambientais já mostraram-se capazes de gerar rentabilidade financeira competitiva.
Com amplo potencial para crescer no Brasil, onde os desafios socioambientais representam um mercado a ser explorado, essa classe de ativos vem se consolidando como uma nova fronteira para a valorização do capital, e o mercado pode se beneficiar desse impulso na medida em que novos fluxos de capital são gerados.
Se você se interessa por soluções empreendedoras que tratam de problemas reais, saiba que os investimentos de impacto são uma nova fronteira a ser incorporada e com opções de geração de valor ainda pouco desbravadas.
Exemplos práticos de investimento de impacto
Agora que você já sabe o que são investimentos de impacto, pode estar se perguntando sobre exemplos práticos capazes de ilustrar esse universo. Um investimento de impacto será aquele realizado, por exemplo, em empresas e startups desenvolvedoras de energia renovável, ou apoiadoras de pequenos agricultores que desejam aumentar sua produtividade sem desmatar. Outros exemplos: uma startup que oferece reforço escolar a preços acessíveis, ou que apoia artesãos regionais, escalando seus processos de geração de renda; que estrutura uma cadeia de reciclagem ou que fomente a inclusão digital em comunidades carentes. Todos os cases citados são exemplos verossímeis de soluções empreendedoras de impacto. Entusiasta de projetos a uma só vez sustentáveis, inclusivos e inovadores, a Din4mo faz investimentos de impacto através do seu braço financeiro, a Din4mo Ventures.
Investimento em negócios de impacto x Investimento ESG
Sabemos que o número de agentes (consumidores e investidores) interessados nos valores ESG (Environmental, Social and Governance) é crescente. A preocupação com a procedência e a maneira pela qual os produtos são feitos e os serviços são ofertados vem afetando cada vez mais as decisões de consumo e de investimento.
Mas qual, afinal, a diferença entre o investimento ESG e o investimento de impacto?
É simples: enquanto o primeiro aloca recursos em empresas cujos processos são social e ambientalmente corretos, o segundo aposta em negócios cuja atividade principal é a resolução de algum problema social ou ambiental.
Uma fábrica pode produzir bens de consumo respeitando seus trabalhadores, preservando o meio ambiente e garantindo transparência aos seus acionistas: financiar a dívida desta fábrica ou comprar suas ações são exemplos de investimentos ESG.
Um investimento de impacto, por outro lado, é aquele feito em um negócio cujo produto/serviço final é, ele próprio, uma solução a um desafio socioambiental, com repercussão positiva direta no seu entorno.
investimento de impacto: nova fronteira de valorização para o capital
Ao longo deste post você aprendeu que investimentos de impacto alocam recursos em soluções empreendedoras voltadas à resolução de problemas socioambientais; que o impacto positivo na sociedade e no meio ambiente não estão desassociados de retorno financeiro competitivo; que, ao contrário do investimento ESG, o investimento de impacto não se preocupa apenas com o modo pelo qual os produtos e serviços são fabricados/ofertados e sim com um resultado final benéfico; que o investimento de impacto representa uma nova fronteira de valorização para o capital; que a exploração dessa fronteira gerará novos fluxos de capital e, por conseguinte, novas possibilidades de crescimento orgânico para as empresas.
Concluímos este texto acrescentando que, por contemplarem as consequências de suas atividades e se preocuparem com seus diferentes stakeholders, os investimentos de impacto (ao contrário do que um senso comum um tanto desinformado tenderia a supor) são mais resilientes no longo prazo. Isso é perfeitamente verossímil se pensarmos que o desenvolvimento sustentável é condição fundamental para o melhor gerenciamento de risco e, por conseguinte, para mais geração de valor. A produção de valor econômico aliada, e não dissociada, de valor social e ambiental é mais que uma tendência do universo de investimentos: é uma condição para sobrevivência.