Essa operação foi a Primeira Debênture Social do Brasil, em modelo blended, e é um caso de sucesso expressivo.
A HISTÓRIA
A Vivenda precisava financiar as reformas das famílias de baixa renda. Como a Vivenda era uma startup, seria muito difícil captar com bancos tradicionais, principalmente porque as famílias não tinham garantia e isso poderia gerar inadimplência, ou seja, uma operação de alto risco.
Alavancagem e redução de risco
Como solução, foi emitido um título de dívida no mercado (debênture) dividida em 2 partes.
40% da debênture foi uma emissão privada para investidores sociais (cotas subordinadas).
60% foi uma emissão CVM/476 para investidores comerciais tradicionais (cotas sênior).
Em caso de inadimplência, as cotas subordinadas são as primeiras a assumir o risco e por isso foi possível atrair os investidores das cotas sênior.
Impacto
Se o valor captado fosse uma doação, o impacto seria de 1.000 reformas viabilizadas. Nessa arquitetura de investimento Blended, com o mesmo valor, a Vivenda conseguirá fazer 8.000 reformas, ao longo do prazo de 10 anos.
“Blended Finance pode ser uma ferramenta estratégica na mobilização de alto volume de capital para impulsionar a agenda dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – da ONU.”
Marco Gorini| Sócio Fundador da Din4mo
Como funciona?
Características do Blended Finance:
Impacto: Foco em alavancar impacto social, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento econômico.
Alavancagem: Uso do capital catalítico para atrair o capital comercial tradicional.
Risco: Percepção de risco do portfolio equilibrada para os diferentes perfis de investidores.
Retorno: Retornos para o investidor comercial equalizados com o mercado e o risco percebido.
Enfim,
“Blended Finance é um conceito que determina o uso estratégico de recursos, sejam eles públicos ou advindos da filantropia, para mobilizar mais capital destinado ao desenvolvimento sustentável ou a causas prioritárias de países em desenvolvimento.”
Fonte: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)